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A vida em causas – O advogado no Front da Justiça – por Arimar Souza de Sá

Página Inicial / A vida em causas – O advogado no Front da Justiça – por Arimar Souza de Sá

O autor é advogado - OAB/RO 1515

Para falar sobre os advogados, só mesmo recorrendo à mitologia grega — como fizera Camões ao estruturar o seu poema épico Os Lusíadas.

Então, preciso agora pedir a Diana, deusa do amor, que me ajude a percorrer este intrincado labirinto onde habitam essas feras — no bom sentido —, meus colegas advogados.

Ser advogado, puro, cardinal, penso, é, antes de tudo, creditar-se como homem incomum, que aceita, no cotidiano, a tarefa e os desafios de pensar o futuro para além dos limites de sua própria intelectualidade e condição física.
Sobral Pinto, o respeitável advogado dos repelidos da sorte, costumava dizer:

“Ser advogado, às vezes, é uma circunstância. Viver da advocacia, sem enveredar-se pelo apetite de um emprego fixo, é, antes de tudo, uma eleição — para quem deseja percorrer a vida acordando sob espanto e dormindo pensando na próxima causa.”

Assim, a missão do advogado é sempre um desafio – nobre e significante —, quer seja ele puro como Rui Barbosa, quer controverso e, supostamente, como existem muitos por aí.

Creio — e é verdadeiro — que, à medida que um povo tem bons juristas, parte dall a melhoria de seu escopo histórico. E, assim, estamos nesse caminho.

Na história da humanidade, vários edifícios ruíram: o Império Romano, o Muro de Berlim, o Comunismo Russo, o dominio imperialista inglês…

Contudo, a estrutura do Direito Romano permaneceu inoxidável e chega aos nossos dias como um dos primeiros sopros que dignificaram o homem no respeito ao direito civil.

Diante disso, definir o dia a dia da trajetória dos operadores do Direito, quando se analisa a essencialidade da profissão, é inferir um corpo de problemas a serem resolvidos com prazos curtos, inteligência e livre convencimento do magistrado.

No dia a dia é assim:

Durante o ano, comparecemos perante O juiz, de terno, para peticionar, contraditar, ouvir testemunhas — com independência e recato, com lados para sentar, palavras medidas, quase sempre tensas…
Somos advogados!

Nos gabinetes, às voltas com as leis, agendas de audiências, elabora contratos, distratos, pareceres e informações…
Somos advogados!

Na delegacia, para garantir o pão, atuando na defesa, acompanhamos os homens que se desviam, se atropelam, se dilaceram e se matam — na própria estupidez de seus atos. É o lado pauleira da vida…
Somos advogados!

No Tribunal do Júri – o palco dos espetáculos dos artistas do Direito – defendemos o justo ou o injusto, na apertada esteira em que o promotor coloca a situação do réu; assimilamos pancadas e nos preparamos para o revide, falando por eles, as suas próprias razões…
Somos advogados!

Aos sábados, convidamos os amigos para a feijoada, adoramos contar piadas e, massageando nossa vaidade, falamos do processo, das sentenças fantásticas – sobretudo das que nos agradaram…
Somos advogados!

De repente, resolvemos deixar a banca, engordar a anca, e nos tornamos juizes, desembargadores,
promotores, procuradores, delegados…
Somos advogados!

Aos domingos, os colegas católicos vão à missa agradecer a Santo Ivo, o protetor das causas ganhas. Ajoelhamo-nos e rezamos com fervor, pedindo inteligência, sorte desenvoltura na próxima contenda…
Somos advogados!

Nos feriados, nas madrugadas adentro, enfiamos a mente na lei mais recente, no pecado da lei e na constitucionalidade.

Enveredamos pela doutrina, jurisprudência e tratados. Infiltramo-nos no âmago da essencia da Justiça, do Direito amparado…
Somos advogados!

Durante o ano, no vai e vem do Fórum, tudo aconteceu: agravo de instrumento intempestivamente protocolizado, recursos negados, prazos exíguos, audiência adiada. Cruz credo!…
Somos advogados!

A mente se energiza nos conceitos e princípios da lógica formal — e tome palavras difíceis do brocardo latino:
silogismo aristotélico, hermenêutica, interpretação literal, teleológica e finalistica do Direito…
Somos advogados!

As vezes, somos anjos; noutras tantas, demônios. E, na maioria das vezes, nem demônios nem santos.
ADVOGADOS.

AOS colegas parceiros do destino,
náufragos da dor parida da ação deletéria dos mandantes do país, o meu desejo é que sempre se distanciem dos ardis nefastos da corrupção e jamais se deixem invadir e hospedar em si a voracidade do poder pelo poder.

E como estamos todos nesta grande nau, obreiros que somos do Direito, façamos a nossa escolha: transformemo-nos em construtores de uma nação melhor.

E, com nossa espada de luz, façamos uma cruzada firme de respeito e proteção à classe, capaz de rebater o estratagema de tantos quantos se arvorarem inatingíveis — ou que tentarem nos atingir, cassando nossa palavra em pleno front do debate na defesa de nosso cliente.

Que cada um de nós, na defesa do nosso ofício, sejamos firme — e que essa firmeza venha da obediência às normas emanadas do assento constitucional.

Lembremo-nos: uma das formas mais eficazes de destruir um país é desconstruir o seu estamento jurídico. Que o exemplo da nossa vizinha Venezuela nos sirva de alerta: lá, ao desrespeitarem as leis, esfacelaram a dignidade nacional de seu povo e o ditador se perpetuou no poder.

Enfim, que o nosso evangelho — como o de Camões em Os Lusíadas — jamais se contamine com a sarna dos vendilhões dos templos.
PORQUE SOMOS ADVOGADOS!

No mais, salve o nosso dia. Vamos à festa!
AMÉM!

O autor é advogado – OAB/RO 1515

Fonte da Notícia: Ascom OAB/RO

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