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Confira o discurso do presidente do TJ/RO, Marcos Alaor, durante cerimônia de entrega de credenciais a novos advogados

Página Inicial / Confira o discurso do presidente do TJ/RO, Marcos Alaor, durante cerimônia de entrega de credenciais a novos advogados

Excelentíssimo dr. Márcio Melo, na pessoa de quem saúdo a todos os conselheiros (a), advogados e advogadas da OAB Seccional de Rondônia.

Excelentíssimo desembargador Hiram Marques, meu colega no Tribunal de Justiça e amigo de longa data, na pessoa de quem saúdo a todos os ex-presidentes desta Seccional. Se hoje estamos nesta boa sede foi graças ao seu empenho que o sonho se tornou realidade e, entre outras realizações, a sede da OAB-RO, que era improvisada.

Meus queridos:

Adrieli Cardozo de Souza

Celso Gomes

Diovanna Gabrielli Cavalcante de Araújo

Edimar Filho Filmato de Oliveira

Frank Leonardo Mesquita de Freitas

Gabriel Augusto Pini de Souza

Glaúcia Souza Nogueira

Hudson Soares de Jesus

Jaqueline Vitoria Nery de Lima

João Pedro de Souza Gomes

Lucas Henrique da Silva Gil de Oliveira

Marlon Diego Bravo Hurtado

Mauro Maia da Silva

Pedro Henrique de Azevedo Schenkel Kasper

Priscila Moura Diógenes

Raferson Aleixo da Silva Junior

Railane Bernardo de Almeida

Roger André Fernandes

Ronaldo Batista de Lima

Sthefany Santana da Fonseca Salomão

Thaise Mendes Martins

Vanieller Dias Tiossi

Victor Morelly Dantas Moreira

Victoria Soato Marin Diniz Grangeia

Vítor de Lima Gonçalves

Vitória Gabriela Santos Sanches

 

Estimadas e estimados novas advogadas e advogados, que honraram em ouvir-me com uma fraternal paciência neste ato tão significativo para todos nós, mas em especial para vocês que ingressam na Ordem dos Advogados do Brasil, por via da Seccional de Rondônia.

Receber a carteira da Ordem e poder advogar, é um marco indelével na vida dos bacharéis de direito que passaram cinco longos anos na faculdade e enfrentaram o temido exame da OAB.

Quando recebi o convite para falar, como não podia deixar de ser, como ex-advogado, ex-conselheiro desta casa, professor e magistrado, senti-me cheio de orgulho e felicidade.

Esta fala bem poderia começar e terminar com o pensamento de que vocês chegaram ao fim, que a missão está finda, que o dever está cumprido e a consciência está tranquila. Mas essa frase não exprime a verdade.

A missão não terminou. Está apenas por começar. A missão de ser feliz, de tornar o outro feliz, de ser útil à sociedade, utilizando-se dos conhecimentos auferidos na universidade, está apenas no início.

Há muito por se fazer, e a obra reclama os seus ofícios.

Montar escritório, escolher sócio, continuar estudando para passar em concursos, entre outras coisas, parece cogitar o inconsciente de todos o que hoje se tornam advogados e advogadas.

Quero convocá-los para continuar na missão de combater a miséria de pão, que se traduz na brutal desigualdade social; de combater a indigência de conhecimento, que faz com que poucos tenham tudo e muitos tenham nada; de combater a desonestidade e a corrupção; de combater a violência e os contínuos ataques ao estado democrático de direito. Convido-os a continuar cultivando os valores que nossos pais nos ensinaram. Valores que nos trouxeram até aqui.

Então, o dever não está cumprido. Temos dever de honrar as tradições do curso de direito, os ensinamentos que nos foram dirigidos e agir com dignidade, ética e sabedoria.

Temos o dever de retribuir à sociedade com o melhor do nosso trabalho, pois vocês são frutos do esforço de muitos. Esforços pessoais, de familiares e dos vossos pais.

Vocês são frutos de um curso de direito de uma universidade encravada na selva amazônica, distante dos grandes centros irradiadores de conhecimento, mas que, a despeito das dificuldades, possuem a possibilidade de serem o que quiserem, e eu sinto que querem ser os melhores.

Ser advogado é ter a possibilidade de fazer o bem para o cliente, é agir a favor da causa do cliente sem com ele se confundir.

Tudo isto nos enche de alegria e responsabilidades.

Secundando Rui Barbosa na sua memorável “Oração aos Moços”, como paraninfo na formatura da turma de direto de 1920, nas Arcadas de São Francisco, discurso que foi lido em 1921, pelo professor Reinaldo Porchat, em face do estado de saúde de Rui, que não pôde comparecer a uma cerimônia de formatura, adiada por um ano, concito-vos a pensar que “[…] o direito dos mais miseráveis dos homens, o direito do mendigo, do escravo, do criminoso, não é menos sagrado, perante a justiça, que o do mais alto dos poderosos. Antes, com os mais miseráveis é que a justiça deve ser mais atenta, e redobrar de escrúpulo; porque são os mais mal defendidos, os que suscitam menos interesse, e os contra cujo direito conspiram a inferioridade na condição com a míngua nos recursos. […]”

Nada melhor do que o pensamento de Rui Barbosa para traduzir o que sinto neste momento. Disse o grande tribuno.

“Na missão do advogado também se desenvolve uma espécie de magistratura. As duas se entrelaçam, diversas nas funções, mas identicas no objecto e na resultante: a justiça. Com o advogado, justiça militante. Justiça imperante, no magistrado.

Legalidade e liberdade são as tábuas da vocação do advogado. Nellas se encerra, para elle, a synthese de todos os mandamentos. Não desertar a justiça, nem corteja-la-a. Não lhe faltar com a fidelidade, nem lhe recusar o conselho. Não transfugir da legalidade para a violência, nem trocar a ordem pela anarquia. Não antepor os poderosos aos desvalidos, nem recusar patrocínio a estes contra aqueles. Não servir sem independência á justiça, nem quebrar da verdade ante o poder. Não colaborar em perseguições ou atentados, nem pleitear pela iniquidade ou imoralidade. Não se subtrair á defesa das causas impopulares, nem á das perigosas, quando justas. Onde for apurável um grão, que seja, de verdadeiro direito, não regatear ao atribulado o consolo do amparo judicial. Não proceder, nas consultas, senão com a imparcialidade real do juiz nas sentenças. Não fazer da banca balcão, ou da sciencia mercatura. Não se baixo com os grandes, nem arrogante com os miseráveis. Servir aos opulentos com altivez e aos indigentes com caridade. Amar a pátria, estremecer o próximo, guardar fé em Deus, na verdade e no bem.”

Dizia eu hoje na abertura do ano judiciário em sessão solene no nosso Tribunal de Justiça que vivemos tempos difíceis e estranhos quando a democracia diuturnamente está sendo atacada. É preciso resistir.

Por isso eu vos assevero a continuar na missão, cumprir o nosso dever com dignidade, ética e retidão é imperioso para que, no futuro, possamos dizer que a consciência está tranquila.

Aos pais que estejam presentes quero dizer que, nesta hora, em que nossas filhas e filhos dão um importante passo na sua carreira profissional é necessário entender que nossas crianças se tornaram mulheres e homens. Sinto-me como um pai que vê o filho partindo para o mundo. Como pai da Victoria, tenho a angústia no coração provocada pela futura separação; tenho temor do mundo aí fora. Como pai, preferia que não fossem embora para o mundo. Mas os filhos são criados para o mundo. Temos de confiar na educação que demos a eles. Os senhores em casa; os, professores, na sala de aula.

Como já puderam perceber minha querida filha Victoria Soato Marim Diniz Grangeia hoje também recebe a carteira da Ordem, fato que nunca mais vou esquecer.

Permitam-me um momento de pai coruja e lembrar um fato ocorrido há 24 anos quando no mês de janeiro nascia a nossa Victoria na maternidade Nossa Senhora, na cidade de Curitiba.

Filha, naquele dia, eu lhe escrevi essa poesia:

Quase 20:00hs. na Nossa Senhora

fruto do nosso amor às 19:50, por obra de Deus

em meio a sorrisos e lágrimas nos foi confiada a Victoria

Bela como a mãe, com cabelos negros nasceu

gerada nas terras do Guaporé Mamoré

Em linda Coretuba Victoria floresceu.

Cbta 20/01/98.

 

Vivi, eu e sua mãe, estamos muito orgulhos de você. Parabéns por sua conquista, você merece cada momento de felicidade que a vida lhe proporcionar.

Meus queridos e estimados, encerro com as palavras de Fernando Sabino, extraídas do livro “Encontro Marcado”, como forma de selar nosso passado, viver o nosso presente e prometer o nosso futuro.

O livro conta a história de um escritor chamado Eduardo Marciano, em sua busca existencial, e as mudanças de perspectiva que sofre ao longo da história.

Ao concluir a primeira parte do romance chamada A PROCURA, Fernando Sabino pontua:

“De tudo, ficaram três coisas:

a certeza de que ele estava sempre começando,

a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar.

Fazer da interrupção um caminho novo.

Fazer da queda um passo de dança,

do medo uma escada, do sonho uma ponte,

da procura um encontro”. ( – da minha parte a promessa do eterno reencontro, pois só assim terá valido a pena existir).

 

Obrigado. Muito obrigado pela generosidade de seus corações.

Fonte da Notícia: Ascom OAB/RO

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