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Na Carta de Maceió, presidentes de OABs criticam propostas que violam direitos fundamentais

Página Inicial / Na Carta de Maceió, presidentes de OABs criticam propostas que violam direitos fundamentais

Andrey Cavalcante participou do evento

Andrey Cavalcante participou do evento

Os presidentes das Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de todo o país assinaram manifesto definindo como inaceitáveis algumas propostas em tramitação no Legislativo que, segundo a entidade, violam frontalmente direitos constitucionais dos brasileiros. A Carta de Maceió, elaborada e subscrita pelos advogados que presidem a entidade nos 26 estados e no Distrito Federal, no Colégio de Presidentes realizado nas últimas quinta e sexta-feiras (22 e 23), traz críticas a alguns pontos das “10 medidas contra a corrupção”, de autoria do Ministério Público Federal (MPF). O documento também alerta para os riscos da implementação das novas regras no ensino por Medida Provisória, sem a devida discussão com a sociedade. O presidente da OAB Rondônia (OAB/RO), Andrey Cavalcante, participou do colégio.

A ideia do MPF é que o Congresso torne aceitáveis provas ilícitas quando o agente público houver obtido a prova de boa-fé ou por erro escusável e usada pela acusação com o propósito exclusivo de refutar álibi. Outro objetivo é proibir a concessão do HC de ofício ou que trate de nulidades, por exemplo. O instrumento ficaria restrito a análises sobre eventual prisão manifestamente ilegal. Para os presidentes das OABs, o efetivo combate à corrupção não passa por soluções de emergência e a adoção de fórmulas demagógicas como instrumentos de enfrentamento dos desmandos de agentes públicos.

Já sobre o ensino brasileiro, os representantes dos advogados brasileiros afirmaram que projetos estruturantes não podem ser tratados por medidas provisórias, uma vez que necessitam de amplo e democrático debate antes de sua adoção. MP enviada ao Congresso Nacional pelo presidente Michel Temer (PMDB) amplia a carga horária mínima do ensino médio (de 800 para 1.400 horas anuais) e retira Artes e Educação Física da lista de disciplinas obrigatórias.

O presidente da OAB/RO, Andrey Cavalcante, que também assina a Carta de Maceió, reitera que a Ordem, enquanto representante da comunidade civil organizada, deve se preocupar com ações que alterem o desenvolvimento pleno do país. “A proposta de reforma do ensino médio se torna inviável por fragmentar a formação escolar e, consequente a isso, um possível estímulo a acontecer evasões, sem contemplar, ainda que implantada, resoluções para melhorias do ensino, o que pode significar um regresso na educação brasileira”, destaca.

Além dos dois assuntos, a Carta de Maceió sintetiza todos os temas debatidos no Colégio de Presidentes, entre eles, honorários, contagem de prazos processuais e o Exame de Ordem.

Colégio de Presidentes Maceió (3)Leia a íntegra da carta:
O Colégio de Presidentes dos Conselhos Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil, reunido em Maceió, Alagoas, nos dias 22 e 23 de setembro de 2016, após análise e discussão de temas de interesse da advocacia e da sociedade brasileira, decide:

– Reiterar a intransigente defesa da vedação do financiamento de campanhas por empresas, medida que se afigura como irreversível, nos termos da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal na ADI 4.650, e que em muito já contribuiu para a moralização do presente processo eleitoral e da vida política brasileira, como comprova o atual pleito, no qual é flagrante a diminuição dos casos de abuso de poder econômico.

– Enfatizar a necessidade de combate à corrupção, sejam quais forem seus autores, e afirmar que o respeito ao sistema constitucional é pressuposto essencial de toda ação do Estado. Nessa linha, aponta a necessidade de amplo debate sobre o Projeto de Lei n. 4.850, de 2016, em tramitação na Câmara dos Deputados, que institui inaceitáveis medidas, como, entre outras, a admissão da prova ilícita quando colhida de boa-fé e a restrição à utilização do habeas corpus, razão pela qual repudia as soluções de emergência e a adoção de fórmulas demagógicas como instrumentos de enfrentamento dos desmandos de agentes públicos.

– Repudiar a indevida intervenção de magistrados e membros do Ministério Público nos honorários pactuados entre advogados e seus clientes e afirmar que adotará as medidas necessárias para repelir os abusos e violações de prerrogativas e responsabilizar seus autores.

– Ressaltar a importância da valorização da advocacia como instrumento de defesa das prerrogativas e de aprimoramento das conquistas da cidadania brasileira.

– Declarar que projetos estruturantes, como a reforma do ensino, não podem ser tratados por medidas provisórias, uma vez que necessitam de amplo e democrático debate antes de sua adoção, e recomendar ao Conselho Federal o ajuizamento de ação direta de inconstitucionalidade contra a proposta de reforma do sistema educacional brasileiro apresentada pelo Governo Federal.

– Indicar a aprovação do Programa de Metas da Comissão Nacional de Direitos Humanos, enfatizando que a defesa dos direitos humanos deve ter proeminência no conjunto de ações do Conselho Federal, das Seccionais e das Subseções da OAB, mormente no momento de crise que o País atravessa, com clara tentativa de redução de direitos sociais como instrumento de política econômica.

– Reiterar, por fim, o compromisso com a defesa intransigente das prerrogativas profissionais e do Exame de Ordem como filtro necessário ao ingresso na profissão.

Maceió, 23 de setembro de 2016.

Fonte da Notícia: Com informações do CFOAB e Conjur

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